segunda-feira, 25 de março de 2013

Like a Boss

NOVA FANFIC

Em Chicago uma grande empresa é comandada por dois bons amigos visivelmente bem sucedidos. Seus nomes são: Thomas Fletcher e James McGuiness. Uma amizade de longas datas lheus trouxe bons frutos, desde ótimos negócios à diversões dentro e fora do trabalho.
Na mesma cidade, na mesma empresa e, nas mesas em frente as salas desses homens, há duas secretárias. Seus nomes: Holly Marshall e Cherry Mills. Definitivamente a vida de Tom e Jay não seria nada sem elas. Não apenas no sentido de relação chefe e empregada, mas também pelo lado amoroso.
Thomas é invejado pelo seu casamento com a Giovanna Falcone, filha de um dos melhores advogados da região. O relacionamento, extremamente firme, é o exemplo no século atual de que o amor não tem limites!
Mesmo?
Holly Marshall, secretária de Tom, diz o contrário...
James McGuiness, o mais desejado chefe de todo o prédio! Muito conhecido pela sua capacidade de sair com mais de três garotas em um dia... Odeia repetir quem deita em sua cama.
Bem, até Cherry chegar...
Nos negócios tudo não se passa de conversa e atos, dinheiro sobre a mesa e contratos bem sucedidos.
No sexo tudo não se passa de tentação e prazer, traição sobre a mesa e... Escandalos que devem acontecer, de um maneira ou de outra, a qualquer momento.
Like a Boss.


Bia Ramos



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PARTE I

Os pulsos passearam suavemente um sobre o outro, ativando o cheiro agradável e amadeirado de perfume masculino. A gravata foi finalizada com perfeição e o paletó preto saiu da cama, vestindo um corpo alto, de poucos músculos, mas bastante porte. Os botões foram atacados aos poucos, com delicadeza.
No espelho estava o reflexo da segurança, porém na mente a dúvida predominava.
“Hoje será a última vez que vou vê-la”.
O homem repetia para si. Sua garganta estava seca e seu coração acelerado apenas em lembrar daquelas... Curvas.
“Simplesmente mando-a embora e termino com isso.”
Prosseguiu o seu monólogo interior, ignorando os passos que vinham logo atrás.
“Jay não vai concordar com isso, mas... Dane-se ou meu casamento vai para o espaço.”
- Tom?
“...Será que devo despedir sua amiga também? Não, não... O McGuiness me mata. Será apenas ela e pronto. Já é o suficiente...”
- Tom? Tom!
A voz feminina finalmente gritou perto demais. O homem tentou não demonstrar o susto, mas todos os pensamentos sumiram por um ralo, como um balde de água fria.
Voltou a terra?
- Desculpe. Estava pensando em algumas coisas da empresa. – ele sorriu sem jeito para a esposa.
- Ai, nem mesmo é oito horas e já está perdendo tempo com trabalho? – Giovanna colocou os braços sobre os ombros altos do rapaz, dando um leve selinho.
- Problemas, problemas... – Tom sorriu, acolhendo sua cintura – Bem, não posso me atrasar... – então deu um último beijo rápido antes de soltá-la e pegar a pasta de couro preto – Preciso encontrar o Jay no café.
- Como sempre. – Gio deu de ombros, mordendo o lábio inferior e se encostando no portal do closet – Até mais tarde.
- Até. – Tom beijou sua testa e saiu do quarto.
Desceu a escada com pressa, pegando as chaves no balcão da cozinha. Na garagem abriu a porta automática, destravou o carro, sentou-se.
Seu pé ficou um longo tempo sobre a embreagem, sem a menor intenção de sair dali. Tom sentia suas mãos suarem sobre o volante e seus olhos estavam arregalados, encarando o retrovisor interno.
- É o último dia. – disse em voz alta e aquilo parecia mentiroso demais – Você vai conseguir e ela estará trabalhando em outro lugar logo, logo, mas não em frente a sua sala... Você consegue Mr. Fletcher.
Com as últimas palavras, Tom sorriu, pôs o cinto e ligou o som. Deixou tocar Last Chance, do Maroon 5, em uma rádio qualquer.
Tudo sairia perfeitameto, como havia planejado.
Será? 
 . . . 

- Mas... Que merda. – Holly irritou-se ao ver que havia rasgado a meia- calça preta. A segunda, em menos de 10 minutos.
Jogando os cabelos para trás, a jovem levantou-se do banquinho da penteadeira e buscou mais uma meia dentro da gaveta.
- Se você rasgar, me jogo pela janela. – ela disse revoltosamente para a vestimenta.
 A trilha sonora para a bela cena era uma música qualquer que tocava na rádio. Algo como... November Rain do Guns N’ Roses.
- Agora sim... - a jovem sorriu vitoriosa, com as duas pernas cobertas.
Logo vestiu uma saia social preto e branca, guardando a blusa vermelha (de botões) por dentro, estando quase pronta.
 Novamente voltou a penteadeira, retirando os brincos prateados e colocando em seu lugar os dourados da Channel.
I’m sure that he could give you everything…
- Você? – Holly olhou o aparelho de som ligado – Last Chance? – ergueu uma sobrancelha – É o destino ou o que?
A garota tentou não rir daquilo, simplesmente retocando o batom nude sobre os lábios rosados.
Mas a letra a chamava, querendo ou não:
- Mr. Fletcher... Eu poderia cantar isso para você.
Disse por fim, antes de desligar o aparelho e pegar sua bolsa.
- Preciso encontrar Cher, antes que me atrase. – e assim fechou a porta do quarto.

 . . .  

O sol teimava em ultrapassar os panos grossos da cortina.
Por que tinha que morar na merda da cobertura?
 O homem não aguentou mais o calor, mesmo estando despido sobre a cama nada vazia. Ele passou a mão no rosto, encarando o teto e lembrando-se da noite passada.
 Mais uma em que acabou satisfeito.
 O despertador repentinamente gritou alto, tocando alguma música irritante do Backstreet Boys.
 Ele odiava a música, odiava a banda... E esse era justamente o motivo por ser o som do seu despertador: obrigava-o a sair da cama apenas para não ouvir aquele barulho irritante.
 Alguém se movimentou ao seu lado, enquanto desgostosamente apertava o botão da merda do relógio.
 A garota parecia zonza e o seu cabelo cobria toda a face.
 - Bom dia... – Jay sussurrou, tentando ser simpático.
 - Péssimo dia. – ela resmungou, deitando sua cabeça sobre o peito despido do homem.
 McGuiness sorriu.
 Sim... Era um péssimo dia para se acordar.
 - Não podemos dormir mais alguns míseros minutos? – a garota perguntou, achando confortável demais o corpo alheio.
 - Eu sim... Você não. – o homem a afastou educadamente de si, fazendo-a virar para o outro lado e agarrar o travesseiro.
 - Odeio o fato de você ser meu chefe. – a menina resmungou, sentando-se na cama e jogando a boxer preta para o homem que logo a vestiu, rindo – E tira essa merda de sorriso da cara.
 - Vamos lá, senhorita Mills... – Jay foi até a cama, ajoelhando-se e puxando as pernas da secretária, encaixando-a em seu corpo – Sei que você adora ter um caso comigo...
 Os dois se entreolharam, como em uma briga.
 Sim, ela adorava, mas precisava assumir?
- Você é tão... – Cherry passou os dedos no rosto do rapaz, em um carinho irônico – Iludido, senhor McGuiness.
 A garota sorriu do rosto frustrado do rapaz, mas foi pega de surpresa ao sentir alguns beijos no pescoço.
- Vamos nos atrasar! – ela fingia afastá-lo, embora sorrisse com a tentativa do amante em fazê-la se entregar.
E ele estava quase conseguindo...
 - A vantagem de ser o chefe...  – McGuiness puxou o lábio inferior da morena – É que posso escolher a hora que minha funcionária chega.
 - Então... – Cherry baixou de leve a boxer do outro – Onde paramos? 

 . . .  

Tom encarava o iPad, concentrado, observando as notícias econômicas no jornal online.
 - Senhor, gostaria de fazer o pedido? – uma garota loira, de cabelos presos, perguntou com um sorriso atraente.
 - Não, não. Estou esperando alguém. – Tom não deu atenção para o quão bonita era a jovem, voltando ao iPad, enquanto ela ia embora.
 Rapidamente olhou o relógio do aparelho.
 - Está atrasado meia hora, seu merda. – resmungou sozinho.
 - E aí, sócio!
 O loiro recebeu um tapa no ombro, sendo pego desprevenido.
 - Saudades pontualidade, cara. – Tom alfinetou, vendo Jay desabotoar o paletó e sentar-se na cadeira.
 - Seja menos dramático, tinha algo para fazer. – o moreno ergueu uma mão, chamando a mesma atendente de minutos atrás.
 - Algo tipo...? – o amigo encarou-o com curiosidade. Jay ergueu uma sobrancelha em sua direção – Ah, certo... Cherry.
 - Bom garoto. – McGuiness sorriu falsamente, antes de reparar nos peitos da atendente loira – Veja-nos dois cafés, traga o açúcar para colocarmos, as vezes vocês deixam doce demais... Café forte, por favor. Pão branquinho, não gosto de torrões, da última vez quase tive um câncer pensando que comia carvão... E aqueles bolinhos brancos, aqueles que derretem na boca...
 - Sequilhos? – a garota deixou a caderneta de lado, encarando o cliente.
 - Isso., acho, tanto faz. – Jay encostou-se mais confortavelmente na cadeira – Quer pedir algo? Chá, bolo, torrada, suco...
- Não, não. Isso está legal. – Tom pouco deu atenção, guardando seu iPad e preparando-se para a conversa.
 - É apenas isso, querida. – Jay sorriu e observou a bunda da loira enquanto ela ia rebolando até o balcão – Ah... Antes que me esqueça – ele levantou o dedo, retirando um pequeno livro do bolso do paletó – Isso aqui é um manual de como esconder que a sua mulher é corna e...
 - Cala a boca, seu merda. – Tom resmungou em sussurros baixos, enquanto o amigo gargalhava, jogando o livro no loiro – Você quer me foder?
 - Desculpa, prefiro morenas... – McGuiness enxugou algumas lágrimas que saíam dos olhos – Qual é, cara. Deixe de ser tão paranóico.
 - Não sou paranóico. – Tom arrumou-se na cadeira, folgando um pouco a gravata – Mas tomei uma decisão hoje...
 - Hum... Qual? – Jay fingiu interesse.
 - Não posso correr mais riscos. Eu... Eu vou demiti-la.
 Rapidamente os olhos azuis e desinteressados do McGuiness foram levados até o rosto inseguro do amigo:
 - Mas que merda, Tom!
 - Eu não posso mais com isso, ok? Eu amo a Gio e não quero foder tudo por causa... Por causa de uma secretária!
 - Uma secretária que você está bem a fim, só para deixar claro! – o moreno parecia revoltado diante da decisão do amigo.
 - Eu não estou a fim dela, são apenas... Negócios.
 - Negócios? – o homem gargalhou divertidamente – Um negócio que você adora comer, só para lembrá-lo.
 - McGuiness!
- Fletcher!
 Silêncio.
 Os dois se encararam demoradamente, um mais revoltado que o outro.
 Tom precisava de apoio.
 E Jay precisava ser menos filho da puta.
 - Certo... – o moreno suspirou – Vamos analisar isso direito, sem piadas.
 - Obrigado! – Tom agradeceu com certo alívio.
 - Você é casado, gosta da sua esposa...
 - Amo.
 - Seja menos hipócrita. Se você amasse não trairia, não teria segunda opção. – Jay o corrigiu com firmeza enquanto Tom revirava os olhos – É injusto demitir a Holly simplesmente porque não consegue segurar o próprio pinto.
- Ela me provoca!
 - E você cai na dela!
 - Olha só quem está falando... O cara que corre atrás da primeira gostosa que aparece na frente!
 - Pois é, caro Fletcher, mas sinto dizer que: sou solteiro.
 - Já ouviu falar em Cherry?
 - Nosso relacionamento é aberto... Sem exigências.
 - Vocês estão nessa há três meses! Uma hora ela vai se cansar de ser segunda opção. Isso se você não cansar antes... – Tom riu ironicamente.
 Jay adorava ser livre.
 - Impossível. – o moreno pareceu desconcertado, porém não ia desistir – E não fuja do assunto. O fodido da história é você.
 - Convença-me a não demiti-la. – Tom debruçou-se sobre a mesa, encarando o colega – Convença-me que não devo afastar Holly da minha vida.
 - Dois motivos... – Jay imitou a posição do outro – Empresa e casamento.
 - Como?
 - Já percebeu que se demiti-la sem justa causa vai trazer um grande problema para a empresa? E, acredito eu, não precisamos disso. – Jay voltou a se encostar na cadeira – E... Tirando o fato de você come-la, claro, - o rapaz deu uma risadinha divertida – Em que a Holly atrapalha sua vida? Embora transar não seja realmente algo que atrapalhe... Enfim! Ela é uma boa funcionária, não é? Por que a demitiria?
 - Sim, ela é uma funcionária exemplar. A melhor, para ser sincero. – Tom cruzou os braços, pensativo – Talvez não arranje outra com suas qualidades.
 - Qualidades? – Jay ergueu uma sobrancelha, quase gargalhando.
 - Sem piadas, McGuiness.
 A atendente voltou com o seu carrinho repleto de pedidos feito pelo cliente.
 Logo a mesa ficou cheia e os rapazes se serviram.
 - E o casamento? – Tom levou um sequilho até a boca, sentindo-o derreter aos poucos – O que queria dizer com isso?
 - Faz apenas dois anos que você e a Gio estão casados e entraram numa rotina realmente idiota. – Jay mordeu um grande pedaço de pão – De repente chega uma secretária gostosa e sua vida muda. Fala sério, se a Holly for embora seu casamento vai à merda.
 - Claro que não!
 - Claro que sim! Você anda transando mais com a Gio, não anda?
 - Ando...
 - Viu? Isso não vai acontecer se você demitir a Holly. – Jay encarou o rosto pensativo do amigo – Agora me diz... – então sorriu espertamente – Você pede para a Giovanna te chamar de Mr. Fletcher?
 - McGuiness!
 - Sério... Você pede? Ah, Mr. Fletcher, isso, oh, sim Mr. Fletcher, vai, vai vai!
 - Seu merda! – Tom bateu na mesa, reparando que algumas pessoas olhavam para eles.
 - Como você é preocupado, Fletcher... – Jay gargalhou – Agora coma que estamos atrasados.
 - Culpa sua.
 - Com toda certeza.
 McGuiness não estava nem um pouco arrependido do atraso.
 Já o Fletcher não achava uma boa ideia manter Holly por perto.

 . . .  


O elevador deu seu som e várias pessoas saíram, impedindo que a moça pudesse se livrar daquele aperto.
 Ela olhou irritada para os mal-educados que passaram em sua frente e contou até 10 para não mandá-los visitar o orifício negro.
 Péssimo humor matutino, péssimo.
 Finalmente pôs seu pé de salto vermelho para o lado de fora e caminhou apressadamente pelo andar ainda vazio.
 Entrou na copa e deu de cara com a amiga, sentada à mesa, tomando um café, enquanto lia o jornal:
 - Quem é vivo sempre aparece. – disse Holly, sorrindo da pressa da amiga.
 - Sem piadas, estou o capeta. – a jovem encheu uma caneca de café quente e forte.
 - TPM?
 - Talvez.
 - Se aquieta um pouco. Nem o McGuiness nem o Fletcher chegaram. – Holly ficou de pé e colocou o que havia usado no lava-louças – Estão atrasados, mas logo chegam.
 - Sei disso... – a outra deu de ombros – Mas estou cheia de trabalho para fazer e preciso correr. Só porque transo com o chefe não quer dizer que tenho que viver na gandaia.
 - Continue a falar assim... – Holly sorriu – E as paredes escutam o que você diz.
 - Nem brinca!
 - Não estou brincando. – a outra morena mandou um beijo no ar – Vou para minha mesa.
 Saindo da copa, percebeu alguns funcionários chegando, indo para seus lugares.
 Andando por toda aquela extensão de mesas, telefones e computadores, finalmente Holly chegou a sala de visitas, como era chamada, onde trabalhava, em frente ao escritório do Senhor Fletcher.
 Preguiçosamente sentou-se na cadeira confortável e, no computador, abriu a agenda do patrão. Do lado de fora via a movimentação das pessoas, graças as paredes de vidro, porém não ouvia nada.
 Distraidamente leu em voz alta:
 - Reunião as 9h, telefonemas as 11h, papéis as 11:30h, 12h almoço, horário livre até 13:30h... Hum... Talvez quando levar os papéis dê tempo e podemos transar até a hora do almoço... Ou depois. É, parece interessante e...
 - Bom dia, senhorita Marshall.
 A jovem não se assustou, simplesmente ergueu seus olhos castanhos até o rosto do chefe:
 - Bom dia... – ela sorriu sensualmente – Mr. Fletcher.
 Tom mexeu na gravata desconfortavelmente, apenas prendendo seus olhos, sem querer, nos três primeiros botões abertos da blusa vermelha da secretária.
 Ela disse Mr. Fletcher?
 Ótimo! Já estava excitado logo cedo.
 - Bem... – ele suspirou, buscando um pouco de ar e tentando não se embriagar com o perfume doce da garota – Preciso conversar com você.
 - Claro.  – Holly confirmou com a cabeça, fazendo um rosto inocente – Pode me adiantar o assunto.
 - Acho... Acho melhor não. – Tom ainda estava em dúvida se realmente deveria colocá-la para fora – Logo conversaremos. – então começou a andar, indo em direção a sala.
 - Tudo bem. – Holly girou em sua cadeira, deixando suas pernas na saia social a mostra – Bom trabalho, Mr. Fletcher.
 Tom a encarou por uma última vez, antes de entrar na sala desajeitadamente.
 A secretária deu um sorriso divertido, voltando a encarar o computador.
 - Com certeza antes do almoço. – concluiu, marcando o horário de vermelho.

 . . .  

A cadeira girou e logo Cherry se levantou, cheia de papéis na mão, indo em direção ao escritório de James McGuiness, seu chefe.
 Algumas batidas foram dadas e sua entrada foi permitida.
 - Precisa assinar algumas coisas para a reunião das nove... – a jovem encarava cada ficha, tendo certeza que havia trazido todas. Passou pela escrivaninha de vidro escuro, sem reparar os olhos interessados do homem de terno – O senhor Jones irá analisar os documentos antes da próxima reunião com o conselho e...
 Os papéis foram soltos no chão, um corpo foi levantado, duas pernas foram abertas e um homem extremamente sexy se encaixou entre elas.
 Cherry havia sido pega de surpresa, principalmente quando Jay começou a beijar o seu pescoço, descendo seus lábios molhados pelo seu colo, fazendo soltar um leve suspiro. Suas mãos apertaram os ombros musculosos dele, pedindo controle aos céus:
 - Você não se cansa? – disse em um sussurro e logo ouviu uma risada rouca, antes de sentir sua boca sendo tomada pela do chefe.
 - Não resisto ver você séria com esse... – então o rapaz puxou a roupa da jovem até a metade das coxas – Vestido preto.
 - Sinceramente, dou para um tarado. – Cherry gargalhou e logo se repreendeu.
 Qualquer um poderia ouvi-los...
 Mas isso não teve mais importância quando McGuiness começou a deslizar suas mãos intensas nas coxas da moça e a boca dos dois entraram numa batalha de línguas realmente sedentas.
 - Eu... Eu preciso trabalhar... Ah... – ela tentou dizer, enquanto o homem mordia sua orelha e desatacava desesperadamente o cinto da calça.
 - Depois...
 - Agora...
 - Trabalhe aqui comigo...
 - Preciso de papéis, McGuiness... Não de, ah... Pênis...
 - Acho que você está enganada...
 - E acho que você não quer me ouvir...
 - Vem cá... Vem...
 - Não...
 - Mills...
 - McGuiness...
 - Só mais um pouco e...
 - McGuiness!
 Aquilo teria que parar antes que se tentassem mais. O membro de Jay estava excitado o suficiente para fazer um estrago no tempo do casal. A reunião seria em 10 minutos e o filho da puta ainda tinha que ler os documentos antes de assiná-los.
 - Hey! – ele reclamou com um rosto revoltado ao ver a moça pulando da mesa e descendo o vestido preto, colado no corpo.
 - Sério... Você precisa assinar tudo isso... – Cherry recolheu os papéis, jogando-os sobre o plano, próximo ao telefone.
 - Poderia resolver tal coisa depois, prefiro voltar ao que fazíamos. – o homem a encarou autoritariamente, de certo modo muito puto por ter sido interrompido no “quase lá”.
 - Na verdade... – Cher sorriu do rosto raivoso do chefe, caminhando sensualmente até ele – Preciso voltar para minha mesa... – então mordeu o lábio inferior do mesmo, dando uma leve puxada e encarando seus olhos – Enquanto isso... – seus dedos de unhas vermelhas desceram tentadoramente sobre a camisa branca de Jay, enquanto ele a olhava desejando-a despida – Vá pensando no que... – a jovem passou a língua entre os lábios, deixando deslizar sua mão sobre o pênis ainda ereto do chefe – Faremos mais tarde.
 Com uma última passada de narizes ela sorriu, dando as costas e jogando seus cabelos pretos, indo rebolando até a porta e deixando o senhor McGuiness na mão.
 Ele deixou-a ir embora, encarou os papéis jogados sobre a mesa, descendo, em seguida, seus olhos para entre as pernas:
- Você precisa se acalmar.
Nem mesmo tempo para se satisfazer tinha.
Mas que bosta!

 . . .  


- Está na hora.
 - Obrigado.
 Tom devolveu o telefone para seu gancho, fechou o notebook e pegou alguns documentos na gaveta da escrivaninha. Sem demoras ficou de pé, arrumando o paletó e recolhendo nos braços o que foi arrumado. Logo a porta do escritório abriu e uma séria secretária o esperava sair.
 Os dois caminharam juntos conversando sobre a reunião. Eram nove horas e coisas da empresa deveriam ser resolvidas. No outro oposto do andar a grande sala já estava com a mesa comprida e oval cheia, cada participante ocupando seu lugar. Próximo ao data show o senhor McGuiness e a senhorita Mills discutiam os últimos detalhes do que deveria ser apresentado.
 - Bom dia. – disse Tom segurando a porta e dando espaço para que Holly passasse em sua frente.
 Sorrateiramente a coxa da garota passou próxima ao órgão alerto do chefe.
 Fletcher prendeu a respiração.
 - Olá, Tom. – Danny Jones, um dos representantes do conselho da empresa, ficou de pé, cumprimentando o diretor.
 - Olá, Danny. – o loiro sorriu rapidamente, indo logo em seguida para seu lugar.
 - Senhorita Marshall... – o rapaz de cabelos ruivo-acastanhados pegou delicadamente a mão da secretária, dando-lhe um leve beijo – Impecável como sempre.
 - Obrigada, senhor Jones. – Holly fez um rosto gentil, sentando-se na cadeira do outro lado da mesa, em frente a Tom, que os encarava, de certo modo, incomodado.
 - Bom... – Jay chamou a atenção para si – Bom dia para todos, vamos começar mais uma reunião e... – repentinamente a luz do data show, em que Cherry tentava desesperadamente ligar, acendeu em seu rosto – Merda, senhorita Mills!
 - Desculpe, senhor McGuiness. – a garota tentou não rir, assim como os outros da sala.
 Logo o aparelho foi ajustado, demonstrando uma grande planilha no quadro branco.
 Jay sentiu-se seguro para prosseguir:
 - É apenas mais uma reunião de balanceamento para resolvermos algumas questões básicas antes de nos encontrarmos com o conselho. – ele disse com o seu jeito autoritário e sério, o que Cher achava totalmente sexy – Representando os conselheiros, temos aqui com a gente o senhor Jones, então qualquer dúvida, sobre seus relatórios, peço que tirem com ele.
 Danny levantou a mão, mostrando quem era, mesmo todos já sabendo.
 - Senhorita Mills, pode vir nos explicar algumas coisas?
 - Claro. – a jovem sorriu e tomou o lugar do homem – Como podem ver, no último mês tivemos uma baixa na construção para imobiliárias médias, graças ao oferecimento de crédito. Infelizmente a preferência vem sendo dada aos bancos, ao invés da nossa empresa, dificultando o crescimento nessa área.
 - Pensamos em encostar os proprietários contra a parede, oferecendo negócios melhores que os bancos, trazendo-os para o nosso lado. – completou McGuiness, encostado na mesa de café, ao lado do quadro.
 - Isso, inclusive, vai dar aberturas para novos negócios...
 Tom observava-os atentamente, fazendo algumas anotações em sua agenda de couro preto.
 - Fletcher, você poderia nos falar sobre o encontro que teve com a Imobiliária Smith’s? – perguntou Jay.
 - Claro... No último sábado nos reunimos para discutirmos sobre alguns terrenos que serão ocupados no próximo mês. – Tom mexeu em seus papéis, buscando as anotações corretas – Percebemos uma falha nas distribuições, sendo o terreno de número três mais ocupado que, ah... – algo tocou a perna do homem, fazendo-o parar momentaneamente, com o susto. Fletcher olhou ao redor, percebendo que todos o encaravam, esperando que prosseguisse – O terreno três está mais ocupado do que devia. Isso quer dizer que precisamos fazer uma redistribui... Redistri... – os olhos castanhos escuros arregalaram-se, e a voz faltou. Algo subiu lentamente sobre sua perna, fazendo o tecido da calça social alisar a sua pele de maneira tentadora demais. Sem pensar, o homem encarou a secretária em sua frente.
 - Redistribuição, Mr. Fletcher. – Holly sorriu docemente, completando sua frase.
 McGuiness e Mills franziram a testa.
  - Isso. – Tom confirmou nervosamente, pois percebeu o que acontecia.
 O que tocava sua perna era o pé de Holly, em seu salto alto, subindo perigosamente por toda a extensão, alisando o tecido caro e deixando o seu órgão... Alerto demais para sua segurança.
 - O problema do terreno três... – Jay ainda encarava o amigo – É que ele foi incluso por último no acordo.
 - O negócio primeiramente foi fechado até o terreno dois. – completou um dos outros participantes da reunião, passando alguns papéis sobre a mesa, mostrando aos colegas de trabalho uma cópia do documento – Supostamente o três era responsabilidade da Imobiliária.
 - Então a redistribuição... – Tom puxou todo o ar possível, fechando um pouco os olhos. O salto fino subiu até suas coxas e, observando sorrateiramente, percebeu que Holly estava quase colada na mesa, porém com o rosto mais tranquilo do mundo – Não é responsabilidade nossa.
 - Isso cabe a Imobiliária. – Jay analisou a cópia que chegou em suas mãos – Senhorita Marshall, poderia nos explicar o defeito que houve no terreno um?
 - Bem... – Holly desceu sua perna que estava estendida. Tom por um momento suspirou aliviado, quase sorrindo. O salto foi tirado e um pé voltou ao seu lugar, tocando, certeiramente, no órgão do Fletcher – Pelo que parece a Smith       ’s estava em acordo com outra empresa, havendo um conflito entre o nosso trabalho e o da concorrência. O dono da imobiliária não estava confiando no que propomos no contrato.
 - Acontece que o contrato estava com falhas. – Danny tomou a vez, parecendo um pouco ríspido – E isso não é a primeira vez.
 - Desculpe... – Tom engoliu em seco. O pé de Holly ia para cima e para baixo, alisando entre suas pernas. Fletcher quase tremia sentindo seu órgão respondendo aquela atitude perigosa – A culpa é toda minha. Na época o advogado da empresa estava de licença médica, o McGuiness, que é formado em direito, viajava, sobrou para eu fazer o contrato e bem... Não sou muito bom nisso e... E... – suas mãos agarraram com rispidez a mesa. As pessoas começavam a olhar com desconfiança – Não confio... – então passou a língua entre os lábios – Em outros para tratar... Tratar de algo, hum... Desse gênero.
 - Tom... Você não parece nada bem. – Danny falou, cerrando os olhos em direção ao diretor.
 - Talvez seja o calor... – sugeriu Holly, mordendo levemente a caneta de embalegem preta, com um sorriso irônico no rosto.
 - Ta-talvez seja... – Tom confirmou, encarando-a nos olhos, enquanto puxava de leve a gravata.
 Só mais um pouquinho...
 - Então acho melhor deixarmos essa reunião para amanhã. Temos até o sábado para resolver isso. – Danny falou recolhendo suas coisas e ficando de pé, assim como os outros – Foi um prazer, amigos.
 - Até mais, Daniel. – despediu-se Jay, enquanto Holly e Cherry davam um aceno. Tom não se deu ao trabalho de nada.
 A sala estava quase vazia, exceto pelos quatro:
 - Senhorita Marshall, poderia ir comigo até minha mesa para pegar os papéis que faltam para o senhor Fletcher assinar? – Cherry tentava não rir do rosto suado e ansioso do outro chefe.
 - Ela poderia ver isso depois, Mills. – disse Jay, lambendo os lábios para não gargalhar.
 - Não... Eu prefiro agora. – Cher sorriu em direção a Tom, que a encarou com ódio.
 - Como queira. – Holly tirou seu pé milagroso do dito cujo. Fletcher sentiu algo faltar e quase implorou para que a secretária ficasse, ao vê-la de pé – Até mais.
 E as duas se retiraram.
 Jay não esperou nem mesmo dois segundos para rir alto, enquanto Tom tentava se reconcertar, recolhendo seus negócios espalhados sobre a mesa.
 Suas mãos tremiam, o óculos estava na ponta do nariz e alguns fios de cabelo estavam grudados na testa suada.
 McGuiness abriu a porta e esperou Tom ficar de pé. Esse foi caminhando até ele com as mãos no bolso e os papéis e notebooks em baixo dos braços.
 - Se controle!
 - Au, seu filho da puta! – Fletcher gemeu assim que sentiu a pasta preta do amigo bater no pênis ainda ereto.
 Jay riu mais ainda, achando melhor deixar o amigo sozinho na sala.
 Por que será?



 . . .  


A porta se fechava lentamente enquanto um homem corria em sua direção:

- Segurem-na! – ele pediu e rapidamente uma mão pôs-se para fora, impedindo o elevador se fechar de vez.

Ofegando, Jay guardou o celular no bolso frontal do paletó.

- Obrigado meninas. – ele sorriu gentilmente para Holly e Cherry, as únicas daquela caixa de metal.

- De nada, senhor McGuiness. – disse a senhorita Marshall educadamente.

Como se nos finais de semana não se enfiassem em uma casa de campo e compartilhassem do mesmo carro graças a mulher em comum, chamada Cherry.

O homem passou a língua nos lábios, observando a câmera do elevador. Lembrou-se mentalmente que era apenas imagem, nada de som. Então não teria problema perguntar se:

- Ainda vamos almoçar juntos? – ele encarou a secretária.

- Oh, Jay, esqueci completamente! – Cherry levou a mão à testa de modo dramático – Estava indo a um restaurante com a Holly.

McGuiness revirou os olhos:

- Então vou com vocês. – ofereceu-se.

- Algum problema, Holly? – Cherry encarou manipuladoramente a outra secretária.

- Nenhum... – a morena sorriu – E você sabe disso.

Na verdade a senhorita Marshall tinha alguns planos em mente.

Jay ia almoçar com ela e sua amiga, isso é um sinal de que, em alguma hora, Tom Fletcher apareceria e, de uma forma ou de outra, se juntaria a eles.

Os três saíram do elevador, cada um com um sorriso diferente no rosto. O casal por na primeira oportunidade se comer e a mulher por ter uma expectativa na cabeça.

Caminharam por todo o saguão de entrada, extremamente claro, onde a luz do sol de Chicago entrava pelas janelas de vidro transparente. As pessoas em seus uniformes, algumas de roupas sociais, caminhavam de um lado para o outro, resolvendo seus negócios. O sofá de espera estava ocupado pelos trabalhadores que esperavam seus amigos para sair e se alimentar. Os elevadores sociais se destacavam pelas filas indianas à frente.
Em alguns pontos era um caos, em outros era totalmente tranquilo.

Logo o grupo passou pela recepção e não demorou muito para que alguém gritasse:

- Finalmente! – a voz conhecida disse, chegando perto dos três.

- Aí está você, Tom! – sorriu Jay, dando um tapa nada carinhoso no ombro do amigo – Pensei que tinha sumido.

- Na verdade não. – o loiro riu sem jeito – Precisei descer mais cedo, pois surgiu um mal entendido na recepção, algo com umas entregas de cartas que foram para departamentos errados... – o rapaz abanou a mão com descaso – Enfim, fiquei aqui esperando você aparecer para chamá-lo para almoçarmos juntos. – então encarou as duas secretárias – Sem ofensas, meninas.

- Desculpe, querido Fletcher... – Jay começou com a sua voz exagerada de amigo malandro – Mas entre almoçar com essas mulheres e você... – o homem fez um som engraçado com a boca, dando de ombros – Mil vezes as saias.

- Ah... – Tom tentou fingir que não estava ofendido por ficar de fora – Tudo bem. Vou ficar aqui e pedir alguma comida asiática enquanto converso com o porteiro e...

- Por que não vem com a gente, To... – Cherry parou no meio do caminho, percebendo que ia chamá-lo pelo apelido, na frente de outros – Fletcher?

Holly lançou um olhar de aprovação para a amiga.

- Não incomodaria? – o loiro tentou parecer educado, mas no fundo estava aliviado por não ter que dividir seu tempo com o porteiro.

- Claro que não, seu dramático! – Jay puxou o amigo dando um abraço de lado – Vamos agora mesmo a um restaurante mexicano!

Tacos?

 . . .  


   

Não demorou muito e os quatro estavam dentro do carro de Tom, que já havia deixado-o no outro lado da rua, em frente a empresa. Jay fazia companhia na frente, enquanto as duas jovens iam atrás, conversando em cochichos educados.

O restaurante era um pouco longe, nada mais que meia hora de automóvel, mas comparado aos locais de alimentação que havia mais perto, era razoavelmente distante.

Jay tinha um caso sério com comidas mexicanas e asiáticas. Dizia gostar do “picante” e “afrodisíaco” que os pratos ofereciam.

Tudo uma desculpa para explicar seu fogo no pênis.

Fato.

No retrovisor interno Tom tentava disfarçar, mas vez ou outra seus olhos se prendiam na jovem atrás. Holly sorria abertamente em seus cochichos com Cherry, sendo descontraída e sensual ao mesmo tempo. Até sem querer ela tinha... Algo. Algo que Fletcher não conseguia explicar e preferia evitar.

O carro foi estacionado e Cher e Jay quase saltaram para fora, correndo para o restaurante que crescia lentamente após os seus 20 anos de funcionamento. Era um estabelecimento pequeno, confortável, quente e barulhento, porém muito bem organizado e sempre movimentado.

Clientes antigos, McGuiness e Mills foram logo levados para a parte de trás, muito mais íntima e silenciosa. Eram pequenos quartos de cortinas, com uma mesa quadrada, central e baixa, que marcava com esteiras de palha oito lugares, dois em cada lado. No meio tinha um jarro pobre de flores vermelhas e plastificadas, no plano um cardápio em tom verde demonstrando os alimentos de preços razoáveis.

Bom e barato.

Pensavam todos.

Holly retirou seu terninho e o pendurou no suporte de parede, assim como sua bolsa, Cherry fez o mesmo que a amiga, logo depois se sentado ao lado de Jay, que já fazia o pedido:

- Tacos, muitos tacos, de todos os sabores. Tequilas! – ele exclamou repentinamente, meio pensativo e empolgado.

- Ainda temos a tarde de trabalho, McGuiness. – lembrou Tom, desatacando seu paletó e colocando-o em um suporte, sabendo que ali fazia muito mais calor do que em qualquer outra parte de Chicago.

- Acho que seremos bem cuidados se bebermos demais. – Jay sorriu espertamente, olhando para as duas secretárias.

Holly sentiu-se incomodada.

Estava com cara de babá?

- Certo senhor... – o atendente latino anotou o pedido – Logo a comida chega.

- Obrigado! – Jay sorriu com satisfação, esfregando uma mão na outra.

Cherry bateu em seu ombro e fez um rosto autoritário.

- Tire a roupa. – mandou, apontando para o paletó dele.

- Não na frente dos convidados, Cherry! – McGuiness tentou fazer uma voz repreensiva – Tenho vergonha...

- Cala a boca! – Tom gargalhou do amigo, apoiando os cotovelos na mesa baixa.

- Eu não quero você suado e com pizzas em baixo dos braços. – Cher justificou-se – É nojento!

McGuiness revirou os olhos e retirou o terno, jogando em cima dela com ironia:

- Satisfeita mamãe?

- Satisfeitíssima... – Cher sorriu forçado – Criança. – disse a última palavra entre os dentes, enquanto ficava de pé e o colocava ao lado do de Tom.

Jay fez careta.
- Realmente gosto daqui. – Holly olhou ao redor, meio pensativa – Não se incomodam por estar em um local como esses? – ela encarou de um homem para outro.

- Já estive em lugares piores. – McGuiness deu de ombros – Já o Tom... – então deu uma risadinha debochada – O filhinho da mamãe trouxe o álcool gel para passar nas mãos?

O loiro cerrou seus olhos em direção ao amigo como se estivesse possuído pelo demônio.

- Fale mais uma merda dessas e vou esfregar sua cara em uma privada.

- Pago para ver!

- Não me provoque...

- Sério mesmo, Tom! Estou esperando.

- Aposto que está com medo!

- Eu? Com medo? Haha!

As duas jovens se entreolharam com tédio.

Teriam que aturar aquilo até que os tacos chegassem.

Por favor, pode agilizar o serviço?




 . . .  





- Estou seriamente satisfeito. – Jay bateu na barriga, enquanto Tom o encarava com desaprovação.

O loiro tomou um pouco do seu suco, negando-se a tequila, embora corresse uma grande tentação de encher a cara apenas para diminuir a vontade de agarrar a morena que estava do seu lado oposto.

- Bem... – Cherry ficou de pé – Vou ao banheiro retocar a maquiagem.

Logo pegou sua bolsa e saiu do quartinho.

Jay a encarou indo embora, meio abandonado.

Pigarreou baixinho e observou os amigos, também ficando de pé.

- Eu acho que vou ajudá-la.

Em segundos havia sumido, deixando a cortina pesada bater de modo engraçado na parede.

Tom e Holly se entreolharam constrangidamente.

Um relógio que repousava na parede pintada de vermelho fazia seu tic-tac nada tranquilo, deixando o momento mais desconfortável.

Holly fugiu seus olhos castanhos escuros dos do chefe, que tentava se distrair com outra coisa, mas não conseguia. Intencionalmente a jovem prendeu seus cabelos em um rabo de cavalo alto, deixando alguns poucos fios caírem. Sua blusa vermelha e de botões abriu-se com delicadeza, com seus dedos finos e precisos deixando cinco casas desocupadas, mostrando um decote grande o suficiente para a visualização de um pedaço da lingerie preta.

Tom acompanhava a tudo com os lábios entre abertos, meio hipnotizado. Nem mesmo teve reação ao vê-la engatinhando sensualmente em sua direção, sentando-se ao seu lado:

- Hoje mais cedo disse que precisava conversar comigo. – Holly falava tudo lentamente, fazendo questão de deixar sua língua tocar com clareza entre os seus dentes – Espero que não seja nada grave.

- Talvez... Talvez... – o rapaz observava a boca da jovem com cada vez mais vontade de tocá-la – Não seja uma boa hora para isso.

- Então... – ela mordeu os lábios, antes de subir sua saia social e sentar-se no colo de Tom, que a encarou de olhos arregalados - É uma boa hora para o que?


 . . .  


Cherry retocou a maquiagem rapidamente, sem muito trabalho. Ao mexer na bolsa encarou o celular e decidiu entrar na internet apenas para checar o e-mail, ver se tinha alguma novidade, convite ou trabalho.

Infelizmente o sinal na droga do restaurante era realmente uma porcaria e, assumidamente, ela achava que esse era o maior defeito do estabelecimento.

A porte de um box abriu e uma mulher saiu atacando sua calça. O barulho da descarga diminuía aos poucos e foi nesse mesmo cubículo que Cherry se enfiou, com o celular levantado para o alto, buscando um mísero sinal:

- Pega... Pega... – dizia baixinho, vendo os pequenos traços irem de zero a um, nada muito satisfatório.

Do lado de fora do banheiro o homem encarou desconfiadamente a última mulher sair. O pequeno corredor vazio estava propício para o ataque. McGuiness aguardou mais um pouco, ao ouvir um barulho de porta, e um cara qualquer saiu do toalete masculino.

Era a hora.

Sem pensar duas vezes ele entrou no banheiro feminino e deixou a madeira leve bater.

Cherry já havia desistido de ficar com o braço para o alto, esperando um mísero sinal cair de céu. Girou em seu salto alto e ao sair do box sentiu seu corpo sendo pressionado, até entrar no novamente. A jovem se desequilibrou e caiu sobre a privada, olhando com raiva o homem que fez isso:

- Jay! – disse em tom de repreensão.

- Surpresa!

 . . .  


Os dedos de Tom prendiam-se fielmente a mesa, evitando de qualquer maneira possível tocar naquele corpo que o despertava cada vez mais.

- Não vai fazer nada...? – Holly sussurrou sedutoramente em seu ouvido, dando uma leve mordida no lóbulo de sua orelha.

Tom fechou os olhos com força.

Precisava ser forte.

- Aqui é perigoso... – ele tentou se justificar, enquanto ficavam cara a cara.

Holly segurou firmemente o rosto do homem, através do queixo:

- O perigo não te excita? – logo perguntou, passando a sua língua nos lábios secos e sedentos de Tom.

Foi o fim.

O rapaz não conseguia mais se segurar e não foi surpresa quando puxou com força a cintura da mulher para si, tomando sua boca sem cerimônias.

Holly deixou aquela língua entrar sem pensar duas vezes, enroscando a sua na dele, enquanto mexia-se no colo do chefe subindo e descendo, tentando excitá-lo mais, apenas com esse movimento.

Os beijos mudaram de lugar e logo os dois estavam aproveitando um a pele do outro e provando o leve gosto de suor através de lambidas.

A garota suspirou ao sentir a mão certeira de Tom apertar seu seio sobre a blusa fina e a lingerie cara. Ele a massageava constantemente, enquanto seus lábios passavam no pescoço e no colo da secretária, que ergueu a cabeça, deixando a pele mais lisa e sensível aos toques.

Sua mão desceu pelo peitoral dele, deslizando delicada e tentadoramente até a parte de baixo, tocando entre as suas pernas e a de Tom, que logo gemeu ao senti-la massageando seu pênis que ficava cada vez mais duro.

Tom puxou com força a blusa de Holly e os botões saltaram longe, fazendo barulhos agudos e demorados sobre o chão, enquanto giravam e caíam de vez sobre o plano.

O homem a beijou por completo, afastando a lingerie e deliciando-se com o seio, agora a mostra, massageando o outro que estava livre e sentindo a ponta dos quatro dedos de Holly acariciando seu pênis que quase estourava.

Os dois ficaram assim, se provocando cada vez mais. Ela revezando entre seu órgão e o dele, ele se dedicando por completo em deixar seus seios duros.

Repentinamente Tom gemeu alto e, sem pensar, segurou Holly com um braço pela cintura e com outro empurrou todos os pratos, talhares, copos e jarro que havia sobre a baixa mesa. Com o impulso a sentou no plano e subiu de vez sua saia, colocando-a em seu devido lugar, muito a cima das coxas.

Tom ficou de joelhos e com pressa desatacou o cinto, descendo a calça até a metade e retirando seu pênis da boxer, começando a se masturbar. Holly olhava aquilo lambendo os lábios, cada vez mais molhada.

Sem mais demoras ele afastou a parte de baixo da lingerie e, inclinando-se um pouco, cuspiu no local que já brilhava para recebê-lo. Logo Tom se aproximou o suficiente, puxando a secretária para si e enfiando de uma só vez.

Os dois gemeram.

O vai e vem começou e a jovem abriu as pernas, em seguida enlaçando-as no corpo do rapaz que se movimentava, fazendo seu trabalho sem nenhuma lentidão.

Tom segurava a cintura de Holly com força e seus narizes batiam um no outro. Holly adorava olhá-lo com o óculos de aros grossos e pretos. Ela mordeu o lábio inferior, enquanto o rapaz forçou mais uma estocada precisa.

Estavam ofegantes e sentiam algumas partes do corpo dormente.

- Isso, Mr. Fletcher... Ah... – Holly gemeu no ouvido do homem e aquilo só incentivou mais.

Sem cerimônias ele forçou o corpo da secretária a se deitar sobre a mesa. Holly bateu com força sobre o plano, enquanto Tom se inclinava sobre ela, segurando uma perna sua e aprofundando o contato dos dois na parte baixa.

Eles tentavam gemer o mais baixo possível, mas o som de música latina lá fora era alto e os pequenos gritos que saíam eram abafados pelo barulho.

A garota puxou de leve os cabelos dele, e seu óculos desceu até ponta do nariz, suas veias pareciam estourar e suas bochechas tomavam uma tonalidade rosada. Cada mudança de aparência em Tom excitava Holly e ela foi a primeira a cravar as unhas com força sobre a camisa social e branca do chefe.

Fletcher deu mais algumas estocadas pesadas ao ouvir os últimos “Mr. Fetcher” da secretária e também chegou ao ápice, deixando seu corpo cair sobre o dela, de modo pesado e cansado.

Holly limpou com a ponta dos dedos o canto da boca, evitando deixar transparecer qualquer saliva do homem em seu rosto. Prontamente ela o afastou de seu corpo e, sentada sobre a mesa, olhou a blusa sem botões.

Suspirou, buscando alguma solução, enquanto sentia-o deslizar os dedos sobre as suas costas, por cima da lingerie.


 . . .  



Uma veia pulsou ao sentir aquelas mãos aquecendo-o. A cabeça colocou-se para trás e o lábio sentiu os dentes frontais mordendo-o com certa força.

Jay soltou um suspiro forte, quase sofredor.

Cherry sorriu e o encarou, enquanto deixava seus dedos tocarem na coxa descoberta do chefe, alisando sensualmente com a ponta das unhas. Logo a mesma mão subiu até a gravata, puxando-a com autoridade, obrigando Jay baixar a cabeça para olhá-la.

Nessa hora ela o encarou com um sorriso devasso no rosto, passando a língua entre os lábios vermelhos e os direcionando até a cabeça do órgão ereto, descoberto.
Jay podia gemer apenas com a cena.

A masturbação pausou para que a língua se deliciasse com a pontinha do pênis. Jay se contraiu e Cherry queria aprofundar, abrindo sua boca e colocando até a metade para dentro, depois puxando seus lábios lentamente, deixando-os deslizarem sobre a pele sensível e avermelhada, um pouco marcada com algumas veias grossas.

A jovem fazia a tudo o olhando em seus olhos e repetiu, ainda lentamente, o ato, enquanto Jay a encarava, esperando que aquilo ficasse mais intenso, no fundo adorando a calma que ela o torturava, fazendo um rosto de que estava no comando, deixando-o aos seus pés, quando, na verdade, seria Cherry que gemeria por último.

Em um aperto mais forte Jay levou sua mão até a cabeça da secretária, forçando levemente a aprofundar seu pênis na boca aberta, que, cada vez mais, borrava-se com o batom. Cherry voltou a masturbá-lo com uma única mão, acelerando e diminuindo, revezando entre os dois.

McGuiness permitiu que brincasse até precisar de mais, quando  voltou a fazer uso da pressão, movimentando seu corpo e forçando a cabeça da garota, já acostumada com aquilo.

Cher percebeu que logo ele gozaria... Mas não queria ficar sem diversão.

Parou de repente, afastando a mão de Jay, que a olhava confuso. Cherry ficou de pé, tomando a boca do homem para si, voltando a puxar a gravata e levando suas mãos até a bunda de Jay, apertando-as.

No alto falante, pregado em alguma parede do banheiro, começou a tocar Something Else, encaixando-se aos gestos do casal que se pegava dentro de um box. 

McGuiness fingiu não gostar da distância entre a boca de Cherry e seu pênis, empurrando-a contra a parede nada segura, que balançou perigosamente.

Os dois riram, enquanto ele se aproximava. Sua mão subiu o vestido da garota e seus dedos arranharam as coxas brancas. Eles estavam tão colados que qualquer movimento de Cherry, o órgão íntimo de Jay voltava a se animar, quase chegando ao ponto máximo e se satisfazendo na mesma hora.

Cher levantou sua perna e McGuiness a segurou na lateral de seu corpo, permitindo maior mobilidade para que seu dedo invadisse a lingerie já molhada. A vagina foi preenchida lentamente, pois Jay quis ver estampado no rosto da garota uma expressão de “quero mais” que só ele podia dar agora. O homem fez um “vem cá” com a ponta do dedo e Cher revirou os olhos, soltando uma pequena quantidade de ar quente na pele de Jay.

Ele começou a masturbá-la e as bochechas da jovem tomaram uma tonalidade avermelhada, sua testa franziu e gotículas de suor surgiam em seu corpo. Cherry mordeu o ombro de McGuiness, liberando um gemido baixo e suplicante.

No mesmo instante uma sensação de desvantagem a tomou.

Sua mão desceu entre o corpo dos dois, passando sobre a camisa branca e grudada de suor, que estava no tronco de Jay, deixando-o sexy demais para resistir. A mão se encaixou entre um e outro, tocando o órgão ereto do chefe, que logo mordeu os lábios, evitando um sorriso de aprovação. 

As masturbações prosseguiram. Ela fazendo um vai e vem rápido e desajeitado, porém de grandes resultados. Ele retirando seus dedos molhados da parte mais funda e deslizando-os até a parte mais excitante do corpo feminino, fazendo movimentos circulares.

Os lábios se procuraram e, já acostumadas com essas escapadas em locais impróprios, beijaram-se, evitando que qualquer barulho saísse.

Trocavam algumas mordidas e lambidas. Mantiveram isso por pouco tempo, pois não demorou muito para que Jay desistisse de toda aquela bosta e pudesse satisfazer aos dois de vez.

Com força ele afastou o toque de Cherry e ergueu os dois braços da garota até o alto, prendendo-os com uma mão. Cher enlaçou sua perna levantada na de Jay, impedindo-a de escorregar. Ele afastou a lingeria da secretária e encaixou seu pênis com mais força e rapidez que pode, fazendo-a gemer em seu rosto. McGuiness sorriu e não repreendeu o barulho escapado, mordendo o queixo de Cherry, que encostou a cabeça na parede e apenas se deixou levar pelas estocadas que McGuiness exercia sobre seu corpo.

O homem a pressionava nas partes baixas e distribuía beijos em cima, vez ou outra descendo uma de suas mãos e apertando fortemente a coxa da secretária, que se controlava para não gritar, apenas sussurrando algumas palavras de incentivo, excitando cada vez mais Jay, que, repentinamente, puxou-a mais ainda para si e se deixou gozar, finalmente soltando os braços da garota, que caíram sobre seus ombros, apertando-os forte, também entregue ao orgasmo.

Deixaram escapar pequenos sorrisinhos travessos. Cherry lambeu os lábios secos e recebeu os de Jay, que soltou sua coxa, agora dormente, e afastou um pouco seu corpo, permitindo-a respirar melhor. Sem mais demoras ele se abaixou, ficando ajoelhado. Aproveitando o vestido levantando, puxou a lingerie da garota, fazendo-a escorregar pelas pernas com algumas marcas do que haviam feito. McGuiness beijou a parte íntima da secretária, que tinha as mãos sobre o cabelo assanhado do chefe, que sussurrou em seu ouvido:

- Isso... Fica comigo.

E guardou a lingerie na calça que atacou, arrumando o sinto logo em seguida.

Tentaram voltar ao normal, arrumando um ao outro, retocando aqui e ali, sem deixar vestígios.

Cherry abriu uma fresta da porta e observou o lado de fora.

Uma mulher acabava de sair.
Com pressa ela correu até a saída, vendo se vinha mais alguém. Jay a esperava pacientemente e, com um sinal, saiu as pressas do box, depois do banheiro. Eles andaram lado a lado, chegando a ponta do corredor. Os dois se entreolharam e sorriram espertamente, seguindo para lados opostos e pensando:
Missão cumprida

4 comentários:

  1. Apenas adorando o Fletcher pagando de palhaço. O que eu já esperava. Quanto ao "McGuiness" sem comentários. Rsrsr

    Xoxo, V.F.

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  2. @bianot: KKKKK Tom como sempre passando vergonha! Tô ligada no seu McGuiness u-u

    xoxo, L. M.

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  3. Deus, que cap é esse?
    Olha a potaria dona Beanca kkk


    xx, Sofia

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    1. @bianot: Sofia kkkkkkkkk Isso não é nada, porque depois fica pior! kkkkk #brincs porém verdade

      Beijos xx

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